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sexta-feira, 29 de junho de 2007

Crónica feminina no "masculino"

A surpresa da semana. Um blog de um tipo musculado que escreve com registo de gaja e de gajo ao mesmo tempo.

Registo de gajo
Domingo à tarde. Levanto-me, tomo banho e já fui à missa das 11h. E como faço todos os domingos, vou até à churrascaria do Zé-Manel comer a minha dose de frango mal assado com batata frita, arroz branco e salada de alface e tomate. Eles já sabem que o meu tem de ser mal assado. Não gosto de ver a pele toda esturricada, além disso o frango muito assado fica seco e não me sabe a nada. Eu sei lá se estou a comer frango assado na hora? (A preocupação do ano!) Já disse ao Zé-Manel que nem pense que me engana. Para mim o frango é mal assado. É por causa destas e doutras que deixei de ir a outros restaurantes e fiquei fiel a este. Mas já lhe disse, que se o frango começa a vir muito assado deixo de cá vir. (Foda-se, este gajo é mau!)

Registo de gaja
1.
Está a chover. Vou acabar por molhar o cabelo todo. Tenho noção de que é apenas uma desculpa para não sair e ficar aqui à tua espera, uma vez mais. Mas sou capaz de ficar doente e depois vou enviar-te 300 sms a espirrar de frio, e vou adoecer ainda mais porque tu não vais ter tempo para vir cuidar de mim, e eu vou afogar-me em pena de mim. Talvez seja melhor não sair hoje. E se eu não te enviar nenhuma sms és bem capaz de ficar zangado, e depois nunca mais me ligas. Acho que vou deixar os bonecos nas prateleiras só mais uma noite, faço-me de forte amanhã.
2.
Não meu amor, hoje não vou mandar sms’s a pedir que sintam pena de mim, a todas as minhas amigas. Nem vou rejeitar as chamadas delas, para não manter o telefone ocupado, para o caso de tu me quereres ligar. Hoje, vou-me levantar deste sofá, vou tomar um duche, esticar o cabelo, vestir aqueles jeans justos, pôr aquelas botas castanhas de camurça (Uma fashion-victim? Com botas de camurça)que me dão um andar de quem até tem a certeza de para onde vai, e até vou sair de casa. Não sei para onde vou, mas as botas hão-de levar-me a algum lado. (Fia-te nas botas e ainda vais parar à churrasqueira do Sr. Manuel)

Registo "frango assado"
Parece que a coisa do "frango assado" é mesmo um leit-motiv. Vejamos, mais à frente:
E não sei para que é os talheres (Para que "é" os talheres? Prefiro a correcção do registo de gaja: é foleiro, mas acerta na sintaxe). Sim, porque comigo o frango assado come-se à mão. Não há nada melhor que segurar uma boa perna de frango assada (Fónix! Também não exageres... Ok, deves ter segurado em poucas pernas na vida). Não sei como essa gente come frango assado de faca e garfo. Retiram primeiro a pele para um dos cantos do prato – meu Deus onde já se viu isto? A pele assada do frango é do melhor que pode haver (E trufas? Não?), essa sim é a verdadeira entrada, uma iguaria bem melhor que pão recesso com queijo e atum. E além de demorarem o dobro do tempo, e de pelo menos metade de frango ficar agarrado aos ossos, porque não o conseguem retirar, fazem uma figura ridícula, parecendo extraterrestres a tentar equilibrar duas pinças ou tenazes nas mãos desesperadamente, como se estivessem a retirar o miolo a caracóis em miniatura (Esta imagem é um bocadinho desfasada, não?!).
O Zé-Manel que se cuide!
Eu já disse ao Zé-Manel, qualquer dia nunca mais cá ponho os pés.

Frango, botas de camurça e chocolates!
Fizeste olhinhos de carneirinho mal morto quando olhaste a vaquinha da Milka e não resisti em oferecê-la, recheada de chocolates. Vai ficar a sorrir no quarto abraçada ao Snoopy!

A cereja: enfim, uma história de vida!
Contou-me um dia que a filha queria ir para a Faculdade mas que o marido não deixava. Ele achava que as mulheres deviam era ficar em casa. Contou-me que ele lhe batia e que um dia a obrigou a ir à chuva às bombas de gasolina, comprar-lhe cigarros. E que no final da noite, depois de a insultar, de lhe bater e de dizer à miúda: “um dia ponho a tua mãe a render na via norte”, se deitava e dizia: “vá, vira-te para mim” (Incoerência: devia ser "vá, vira-te de costas"). E não adiantava ela dizer: “não Carlos, não me apetece”, porque ele dizia logo: “mas apetece-me a mim, vira-te”. E chorava quando me contava dos pontapés nas costas enquanto ela esfregava o chão da cozinha (E ainda se queixam das condições de trabalho).
Atenção à ilustração que acompanha este excerto:
Continuando...
Então um dia comprou “arroz para os cães”, daquele muito miudinho em promoção no mini preço. E cozeu-o para a cadela. Encontrou um pedaço de bacon perdido no frigorífico e misturou no arroz para lhe dar um sabor. Mas a “Senhora” disse logo:“Deixe aí estar o arroz, fica pra o jantar logo à noite!” E ela mal podia acreditar. Tal como não acreditava no que os seus olhos viam quando limpavam a prateleira dos catorze pares de ténis, dez de sandálias, sete botas e dezassete pares de sapatos (Quer dizer que a Senhora seria a Imelda Marcos? 48 pares de sapatos, de facto, para quem come trinca de arroz, é motivo de inveja).
Termina mandando (um beijinho à Sra. Dª Aurora)

Espero que a Sra. Dª Aurora não tenha acesso ao computador da "Senhora"

Vita Brevis

Cridos amigas e amigos,
Estou há uns dias à espera da fatalidade. Não durmo, não como e quando tiro os olhos do sexo, vejo um vulto negro, com um objecto de metal, entre a foice e a adaga, que me ameaça com um olhar reprovador e contundente. Sei que não terei muito mais tempo de vida. Despeço-me dos amigos, sem me despedir - não gosto de despedidas, gosto de recepções - e enclausuro-me em casa a tentar distrair-me de uma realidade à qual não vou escapar. Tento reflectir sobre tudo o que fiz na minha vida: os bons e os maus momentos, os filhos, a família, os amigos, os copos, e até o gatinho me olha com reprovação. Fiz tudo e, apesar, não fiz nada.
A partir de agora só me resta aguardar, sentado e escondido num canto, que a morte e seu arqui-inimigo - Deus! - venham fazer contas comigo. Sim, porque eu gosto de levar no cu.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Lança, PhD

Despite women’s emancipation in the industrialized countries, the majority of people still seem to have little doubt that most men will become fathers and most women mothers and that children are best raised in families. Or the corollary that mothers are women and fathers are men. There is, however, growing public concern over some recent social trends, most evident in the English-speaking world and Scandinavian countries, which seem to indicate increasing family breakdown. Working wives and mothers, full citizenship rights for women, easy divorce and abortion and a growing number of women in leading positions in public and private administration have certainly had familial and wider social repercussions. It is therefore appropriate to examine the position of ‘gender theorists’ in relation to these questions.
In http://www.portolanispecial.blogspot.com/
Copyright Lança PhD

Prémio IgNobel: a estupidez do ponto de vista Kantiano

Na secção "Sociedade", de PhD Lança
Os dez grande temas fracturantes da sociedade actual. Segundo a PhD, a saber:
1. Sodomy: a public health risk
2. Prudential Relativism and The Problem of Ignorance
3. Anti-semitism as a Disease of the Soul
4. The Pope and the President
5. Como Desconstruir uma Nação
6. In Defense of Reason
7. Humpty Dumpty Problem: The Sex-change Society - The Feminised Britain and the Neutered Male
8. Eurabian Nights
9. Showbiz
10. Down With Feminazis

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Posicionamento Editorial

Neste blog, aceitam-se todas as posições. Em cima, em baixo, por detrás, de cócoras, de pino, de canzana ou de 69. Os assuntos serão graves e sérios. Este blog tem a boca virada para a rua e não admitirá qualquer cerceamento das liberdades, desde que consentidas. Ou, como diria Tyson, “[He] called me a ‘rapist’ and a ‘recluse.’ I’m not a recluse”.
Aqui serão permitidas todas as libertinagens. A saber: confissões, confidências, relatos, abstracções, inquirições, vitupérios, má-língua, confusões e algumas te(n)sões. Que se abram as hostilidades.

Nota sobre o autor: nasceu há décadas, vive em parte incerta, não é gajo nem gaja, nem trans, nem bi. Como diriam na terra que me viu nascer: isso interessa tanto como os cães do ferreiro a cagar.

Dedicatória

Este blogue é dedicado a Patrícia Lança - uma "youthful communist, aged liberal conservative" que serviu "two years in British Army in WWII" e ataca o sexo anal para defender a humanidade do Molluscum contagiosum. Bem-haja!